Foca na solução (Fim)

29 de Setembro de 2015 | Artigos

 

(FIM)

Por Patrícia Almeida

 

Dando continuidade aos textos publicados nos dias 25/09/2015 e 28/09/2015.

Evocando o início deste texto, sem levantar qualquer teoria partidária, alguns profissionais podem acreditar e ter a certeza de que a empresa fechará ou que ele terá que demitir 200 pessoas, exatamente porque o partido do governo atual venceu as eleições. Ou que terá que demitir, porque o que ele previa: queda nas vendas e aumento dos impostos, já está acontecendo.

 

Assim, para empreender diante da adversidade, interessante assumir a administração de si mesmo, e tentar minimizar o problema.

 

E apesar de não gostar de receita de bolo para comportamento humano, tal prática tem sido útil. 

 

Seguindo a linha das autoras, o primeiro passo é reconhecer o padrão que se repete de modo rígido, aumentando a sua consciência sobre o fato que depende de você mudar.

 

Em seguida, nomear ou rotular os pensamentos e emoções. Ou seja, nomeie o que está pensando repetitivamente: "não vou conseguir superar este desafio". Isso está me deixando muito "ansioso".

 

O terceiro passo consiste em aceitar que os pensamentos e emoções estão efetivamente acontecendo. Eles existem. Então, aumente a sua atenção para eles, e respire pausadamente para reconhece-los. Observe o que está acontecendo internamente e externamente, abrindo espaço para os sentimentos aparecerem. E tenha auto compaixão. Reconheça o que já conseguiu progredir e resolver na vida.

 

Por último, tenha atitudes baseadas nos valores pessoais. Quais são os seus valores? Eles estão sendo respeitados? Não importa a maneira como agirá, desde que esta maneira respeite quem você é e acredita sobre a vida.

 

A analogia feita no início do texto pode parecer infeliz, reconheço, diante da quantidade de barbaridade que o país tem vivido. E, sim, a situação parece simplista quando colocada como uma terapia de auto ajuda. À primeira leitura, é possível que se faça uma crítica sobre a real veracidade da técnica para minimizar qualquer problema da sociedade atual.

 

A mim mesma, fiz as mesmas críticas. No entanto, o que venceu, foi a crença de que:

 

  • Se o problema ainda persiste, significa que nem todas as alternativas foram utilizadas.
  • Se tentar aplicar uma mudança de hábito não melhorar o que estou vivendo, piorar também não vai.
  • Se a vontade para fazer diferente for menor do que a manutenção do velho hábito, então, é porque ele não está tão ruim a ponto de ser substituído.

 

Dessa forma, o ideal em tempos de crise, quando ocupando o papel de líder, o melhor a fazer é, ao menos, evitar ser o porta voz das tragédias ou vítima do que ainda pode acontecer na empresa.

 

Afinal, se você está nela, é porque alguém acredita que você poderá ajudar a melhorar o que está ruim. E, se já está fora da empresa, aproveite o tempo que sempre lhe faltou, para fazer as coisas que sempre quis. Não se sabe por quanto tempo a tempestade vai durar, mas somente é possível inspirar alguém, quando se consegue inspirar a si mesmo. Reflita sobre isso e escolha a melhor a atitude que vai praticar a partir de agora.

 

 

Afinal, o que te faz sentir melhor: focar no problema? Ou na solução?