Foca na solução (cont.)

28 de Setembro de 2015 | Artigos

(PARTE II)

Por Patrícia Almeida

Dando continuidade ao texto publicado no dia 25/09/2015

Nesta mesma linha de raciocínio, o artigo Managing yourself - Emotional Agility: How effective leaders manage their negative thoughts and feelings escrito pelas pesquisadoras Susan David e Christina Congleton à Revista Havard Business Review ensina “como os líderes eficazes gerenciam seus pensamentos e sentimentos negativos”, e é com base nele que este texto seguirá à partir daqui.

As autoras alertam para a quantidade de julgamentos, avaliações e fantasias que permeiam a mente humana, e como consequência, geram emoções, ora positivas, ora negativas, úteis e até mesmo inúteis. E ainda assim, presentes na mente como se fatos fossem, mesmo quando não o são. E esses pensamentos, saudáveis ou não, fazem parte do humano, e percorrem os corredores das empresas, representados inclusive pelos líderes, que também vivenciam sentimentos de crítica, dúvida e medo.

  • Ora, se aos líderes cabe o papel de inspirar e estimular outras pessoas a seguirem em direção às metas organizacionais, como torná-los hábeis nisso?
  • O que fazer, quando esses líderes estão contaminados por um cenário econômico de demissões reais, com elevados estoques e queda nas vendas?
  • Como ser alegre e ter pensamento positivo com a realidade atual? 

Seguindo o estudo apresentado por Susan David e Christina Congleton, para agilizar a transformação de pensamentos e sentimentos negativos em positivos, necessário identificar os valores pessoais. Diante de um desafio muito difícil e repetitivo, importante perguntar-se: quais valores são mais importantes? Há congruência entre os valores pessoais e os valores praticados na empresa?

Creio que o leitor também reconhece, que os pensamentos direcionam as ações humanas. E o estudo realizado pelas autoras comprova isso. Elas reforçam que o vício em repetir os mesmos pensamentos são ainda piores para a produtividade. O profissional passa a tratar o pensamento como uma evidência, e acaba evitando as situações desafiadoras. E ao dar tamanha atenção as vibrações internas, sem notar, aumenta a ansiedade, o medo, a angustia, que por si só, se encarrega de impedir o funcionamento criativo dos seus recursos intelectuais.